Saiba mais sobre os riscos e efeitos secundários associados à canábis para fins medicinais.
A canábis para fins medicinais pode ter efeitos diferentes de pessoa para pessoa, dependendo do organismo do doente, do tipo de produto e da forma como é feita a sua administração. Alguns doentes podem apresentar um ou mais efeitos secundários associados à utilização de canábis para fins medicinais, embora sejam frequentemente ligeiros a moderados e limitados no tempo. Alguns efeitos secundários mais frequentes incluem1,2:
Esta lista não inclui todos os possíveis efeitos secundários da canábis para fins medicinais. Também existem riscos potenciais para os pulmões se a canábis for administrada por via inalatória e riscos potenciais para a pele se a canábis for aplicada topicamente, incluindo dermatite de contacto.
Os efeitos secundários associados à canábis para fins medicinais podem atenuar ao longo do tempo. Isto não acontece com todos os doentes. Este efeito designa-se por tolerância. Cada doente deve consultar o seu médico para ficar a saber a sua recomendação e para receber aconselhamento sobre os efeitos secundários que podem afetar a sua condição médica concreta. 1,3
Sim. Existem vários grupos de doentes que não devem administrar canábis para fins medicinais. Estes incluem1,3,4:
Os canabinoides podem influenciar muitas zonas do cérebro, incluindo as que são responsáveis pela aprendizagem e memória. Uma vez que estas áreas ainda estão na fase de desenvolvimento nos cérebros mais jovens, a exposição aos canabinoides pode dar origem a problemas de memória a curto prazo. A utilização frequente de canábis para fins medicinais em doentes com menos de 18 anos de idade pode resultar em problemas cognitivos. A canábis para fins medicinais está contraindicada em doentes com menos de 18 anos de idade. Portanto, a utilização em doentes mais jovens deve ser avaliada cuidadosamente, ponderando os riscos e benefícios.1,3,4
Está provado que os canabinoides atravessam a barreira placentária nas grávidas, o que significa que podem chegar ao feto e afetar o seu desenvolvimento. Os canabinoides também podem passar através do leite materno e afetar o desenvolvimento dos lactentes. A canábis para fins medicinais está contraindicada em grávidas e mulheres que estão a amamentar.1,3,4
Diversos estudos determinaram que os canabinoides podem interagir com as hormonas sexuais nos homens e nas mulheres e que podem provocar a diminuição da quantidade, concentração e motilidade do esperma. Se a doente ou a companheira do doente estiver a tentar engravidar, deve consultar o médico para se informar sobre os riscos e benefícios de tomar canábis para fins medicinais. 3,5
Os doentes mais idosos podem ser mais sensíveis aos canabinoides, sobretudo se tiverem problemas nos rins ou no fígado. Estes doentes devem falar com o seu médico sobre a sua situação específica. O seu médico pode considerar uma dose inicial mais baixa de canábis para fins medicinais, para esses doentes. 3,4
Se o doente sentir efeitos secundários, deve consultar o seu médico ou farmacêutico.
Os sintomas associados a uma intoxicação por canábis podem incluir depressão, ansiedade, ataques de pânico, desmaios, coordenação motora afetada, letargia e alterações no ritmo cardíaco. No geral, estes sintomas desaparecem em poucas horas. 3
A canábis para fins medicinais que contenha THC pode causar dependência psicológica e física, porém, é pouco provável que os doentes que administram canábis para fins medicinais desenvolvam dependência, embora essa possibilidade não possa ser completamente descartada. Se o doente administrar canábis para fins medicinais frequentemente (todos os dias) e por um longo período (meses ou anos), pode sentir dificuldades em deixar de administrar por iniciativa própria. Se o doente tiver de deixar de administrar canábis para fins medicinais, o seu médico irá orientá-lo na forma como deve diminuir lentamente a titulação da dose e irá ajudá-lo, portanto, a atenuar qualquer efeito de abstinência. 3,6
Os doentes que administram frequentemente canábis para fins medicinais referem que têm sintomas de abstinência quando deixam de a administrar abruptamente. Estes sintomas podem incluir irritabilidade, problemas em dormir, diminuição do apetite, desejos de alguns alimentos, desassossego e/ou variadas formas de desconforto físico. Geralmente, estes sintomas aparecem nos primeiros dois dias após a interrupção e devem desaparecer no prazo de 1 a 2
semanas. 3,6